Segundo dados da Universidade de São Paulo, os animais funcionam como agentes poderosos contra o estresse e a ansiedade. No Brasil, o pioneirismo da temática ocorreu na década de 1960, em um centro psiquiátrico no Rio de Janeiro. Depois de receber a visita inesperada de uma cadelinha abandonada, os pacientes passaram a apresentar melhoras consideráveis em seu comportamento físico e mental. Depois da pesquisa, surgiu a terapia assistida por animais, conhecida popularmente como Pet Terapia. É uma vertente terapêutica em que o animal é o mediador entre paciente e médico. Ela é uma terapia reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e também pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).
A médica veterinária Alessandra Freire dá detalhes desse procedimento: "a Pet Terapia é muito importante para aqueles pacientes que estão em hospitais ou fazendo tratamentos de saúde, pois, quando o pet chega, eles acabam ficando muito felizes. Isso é muito bom tanto para a parte física quanto emocional, pois faz com que os pacientes fiquem mais felizes, acelerando o processo de recuperação".
De acordo com os pesquisadores, é importante que o animal seja bem cuidado e respeitado, e que sua personalidade seja bem avaliada, para que o contato com o paciente seja positivo e seguro. Animais dóceis, é claro, são os que viabilizam a abordagem. Os animais que mais auxiliam os seres humanos na Pet Terapia são os cães. Na prática, a terapia funciona em momentos de afeto, onde o paciente acaricia e brinca com o pet. Quando existe a possibilidade, dependendo do quadro de saúde, pode até passear com o animal, fazendo caminhadas e atividades ao ar livre.
Alessandra Freire conta como funciona: "além de ser uma companhia e uma distração, os animais transmitem muito essa questão do amor e do carinho. Isso é muito importante para aquelas pessoas que estão precisando se restabelecer na saúde." A Pet Terapia funciona da seguinte maneira: o pet, por exemplo, o cão, vai até o hospital, o paciente pode acariciá-lo, pode conversar com ele. Há essa troca de olhares, essa troca de carinho, o que é muito importante para quem está fazendo esse tratamento. Ela ajuda na depressão e na ansiedade do paciente. Alguns estudos dizem que isso também aumenta a imunidade do paciente".