O Partido dos Trabalhadores pediu, nesta quarta-feira (20), ao presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira, o arquivamento do projeto de lei que busca anistiar os condenados pela tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.
O requerimento da presidenta do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, e do líder do partido na casa, o deputado Odair Cunha, argumenta que manter a tramitação do projeto é inoportuno e inconveniente para o processo democrático e a paz nacional.
A agremiação alega que o recente atentado a bomba contra a sede do Supremo Tribunal Federal e os planos de assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckimin e do ministro do STF Alexandre de Moraes, revelados pela Polícia Federal, demostram a gravíssima trama criminosa arquitetada no país.
Para o PT, os comandantes desta trama poderiam se aproveitar de uma eventual anistia aos condenados; além da impunidade dos autores da tentativa de abolição do estado democrático poder estimular a radicalização extremista de indivíduos e grupos que se inspiram nas ações terroristas de 8 de janeiro de 2023.
Pelas redes sociais, Gleisi Hoffmann questionou o envolvimento do ex-presidente Bolsonaro nos atos revelados pela PF, dizendo que ele seria “o maior beneficiário dos crimes e do golpe”. E ainda concluiu falando que “o Brasil só terá paz e só ficará livre dos terroristas da extrema direita quando todos eles pagarem por seus crimes, a começar pelo chefe”.
Até o momento, Arthur Lira não se manifestou sobre a operação da Polícia Federal que revelou os planos de assassinatos de autoridades e de um golpe de estado no país.
A reportagem procurou a defesa de Jair Bolsonaro, mas até o momento não teve retorno.
