Reforma da governança global é prioridade do Brasil na Cúpula do G20
A reforma da governança global é uma das prioridades brasileiras à frente do G20. Concebido em meados da década de 1940, o sistema foi criado para promover a paz e a segurança internacional. E tem como integrantes a Organização das Nações Unidas e suas agências, a Organização Mundial do Comércio, a Organização dos Estados Americanos, Banco Mundial e o FMI - Fundo Monetário Internacional.
O desejo de mudança acontece diante das múltiplas crises vidas no mundo. Com isso, governos, especialistas e representantes da sociedade civil defendem que é preciso melhorar a representatividade e a diversidade. E concordam que o Brasil está dando um novo impulso à reforma da governança global.
Para o professor Williams da Silva Gonçalves, do Departamento de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o atual sistema aprofunda as desigualdades entre os países.
De acordo com o pesquisador do Núcleo de Inteligência Internacional da Fundação Getúlio Vargas e professor de Relações Internacionais do Ibmec, Leonardo Neves, a mudança, embora necessária, não é imediata, mas a discussão durante a Cúpula das maiores economias do mundo é um caminho importante para a sua implementação.
Entre as propostas de reforma está a necessidade de aperfeiçoar a arquitetura financeira internacional, adaptando organismos como o Banco Mundial e o FMI, para atuarem de forma mais eficiente no financiamento do combate à pobreza e no auxílio aos países emergentes.
Além da reforma da governança global, o Brasil defende no grupo das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e União Africana, outros importantes eixos: combate à fome, à pobreza e à desigualdade.