Justiça concede liberdade a dois sócios do Laboratório Saleme
Os dois sócios do Laboratório de Análises Clínicas Saleme, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, devem ser soltos ainda nesta quarta-feira (11). Matheus Bandoli Vieira e Walter Vieira estão presos desde outubro.
O laboratório era contratado pela Fundação Saúde para fazer a sorologia de órgãos doados no Rio de Janeiro. Eles são investigados por falhas nos exames que levaram à infecção por HIV de seis pacientes transplantados no estado.
A decisão da Justiça do Rio de Janeiro, publicada nessa terça-feira, também vale para os funcionários do laboratório Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis, corréus no processo.
Mas a liberdade dos quatro é provisória e será reavaliada em seis meses. O relator do acórdão, desembargador Marcelo Castro Anátocles da Silva Ferreira, determinou que eles cumpram medidas cautelares, como: entregar os seus passaportes; comparecer em juízo cinco dias após as solturas para informar seus respectivos endereços, e, até o dia 10 de cada mês; não podem fazer contato com as vítimas e exercer atividade profissional relacionada ao ramo de laboratório de análises clínicas, até o julgamento do processo; estão proibidos de se ausentar do Rio de Janeiro por mais de oito dias sem autorização judicial.
Dois outros funcionários continuam presos: Cleber de Oliveira dos Santos e Adriana Vargas dos Anjos.
Os seis foram presos preventivamente em outubro. Foi quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público do estado e os tornou réus por associação criminosa, lesão corporal e falsidade ideológica.