Projeto Casa da Mulher Indígena vai acolher vítimas de violência
A iniciativa de acolher mulheres vítimas de violência vai alcançar as mulheres indígenas. Essa é a ideia do acordo firmado entre o Ministério das Mulheres e o grupo de pesquisa da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Brasília, LAB Mulheres, Arquitetura e Territórios. 
A ideia é pensar uma arquitetura em conceitos que respeitem a cultura e tradição indígenas, para a construção da Casa da Mulher Indígena, para atender as vítimas de violência de gênero, como já ocorre nas Casas da Mulher Brasileira, pelo país.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, explica que vai ser preciso pensar não somente na arquitetura adequada, mas também nas políticas específicas de atendimento.
A parceria foi anunciada nesta segunda-feira, 9, em Brasília, e a iniciativa realiza escutas, debates e palestras com as mulheres indígenas. Depois disso, vai ser realizado o “Concurso Público Nacional de Arquitetura para selecionar o melhor projeto arquitetônico” para a Casa da Mulher Indígena.
Dados do relatório ‘Violência contra os Povos Indígenas no Brasil’, do Conselho Indigenista Missionário, mostram que, no ano passado, 29 mulheres indígenas foram assassinadas. Também foram registradas tentativas de feminicídio de forma "brutal”.
No mesmo evento, foi lançado o Sistema Nacional de Dados das Casas da Mulher Brasileira, para coletar e organizar os dados de atendimentos realizados nas Casas em todo o país. Segundo a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, o sistema nacional vai fortalecer esse tipo de atendimento e dar embasamento para melhorar as políticas públicas.
Segundo a ministra, durante este ano de 2024, quase 450 mil atendimentos foram realizados nas 10 Casas da Mulher Brasileira, que funcionam no país. E acrescentou que outras 17 casas devem ser entregues no próximo ano, totalizando 40 até 2026.
