SP: moradores discordam de valor para deixar casas no Jardim Pantanal
Os moradores do Jardim Pantanal, na zona leste da capital paulista, estão com receio da proposta da prefeitura, de incentivar a população a deixar o bairro. Desde o alagamento provocado pelas fortes chuvas da última sexta-feira (31), moradores andam pelo local com água pelos joelhos e relatam a perda de eletrodomésticos, colchões e vários utensílios e bens pessoais.
A comunidade acha muito baixo o valor das indenizações anunciadas pelo prefeito Ricardo Nunes, que visitou o distrito no último fim de semana. Nunes propõe de R$ 20 mil a R$ 50 mil, por casa. O prefeito defende a remoção de moradores do local como a solução mais eficiente, alegando que os alagamentos vão se repetir cada vez que chover forte.
A ocupação do Jardim Pantanal começou na década de 1980, na várzea do rio Tietê, local que deveria ser uma Área de Proteção Ambiental. Mas a ocupação irregular e desordenada não parou de crescer, e hoje o distrito tem 45 mil moradores
Na página da prefeitura paulistana, nesta terça-feira, a gestão aponta três alternativas para solucionar o problema: a primeira prevê a construção de um dique, sete reservatórios, o Parque Várzeas do Tietê e um canal com 5,5 km para desviar a água da chuva para evitar inundações. E inclui a remoção de mais de 484 famílias.
As outras duas alternativas propõem a construção de um canal, abertura de lagoas de acumulação da água, e também desapropriações, remoções e reassentamentos.