Brasil é o segundo país mais feliz da América do Sul

O Brasil é o segundo país mais feliz da América do Sul e o quarto mais feliz da América Latina. A conclusão foi publicada no Relatório Mundial da Felicidade, divulgado esta semana pela Organização das Nações Unidas. Segundo a classificação de 2024, o Brasil ocupa a 36ª posição entre os países mais felizes do mundo. E subiu oito posições na comparação com 2023, quando estava em 44º lugar. Na América do Sul, o mais bem colocado é o Uruguai, 28º no ranking mundial de felicidade. 

No pódio, quem lidera pelo oitavo ano consecutivo é a Finlândia. O segundo lugar ficou com a Dinamarca e o terceiro, com a Islândia. Esses países fazem parte da chamada Europa do Norte, região conhecida pelo clima frio e por altos índices de estabilidade política e de bem-estar social.

Entre as nações latino-americanas, estão acima do Brasil: Belize (25º lugar), México (10º lugar) e Costa Rica (6ª lugar). Amanda Célia Rebelo, psicóloga especialista em gestão de pessoas e em gerontologia, avalia que a felicidade brasileira é fruto de uma construção cultural que prioriza a manutenção do bem-estar mesmo diante das dificuldades.

"O segredo está justamente nisso, em equilibrar os aspectos positivos diante das adversidades", afirma. Amanda também dá dicas de como trazer mais felicidade para o nosso dia-a-dia. 

"Depois de todas as correrias do dia, para e faz uma coisa que seja boa para você, que você goste e que vai liberar a sensação de prazer, dopamina, serotonina, os neurotransmissores do bem-estar. E um outro ponto muito importante é fortalecer as relações que nós temos, as nossas relações sociais", explica.

No estudo, foram ouvidas mais de 100 mil pessoas de 147 países, que deram nota de zero a dez em relação a diversos aspectos, como expectativa de vida saudável, sentimento de liberdade e percepção de corrupção. 

Morador do Rio de Janeiro, o analista de marketing Lucas Ximenes se considera uma pessoa feliz. Para ele, o conceito de felicidade é diferente para cada um, mas está ligado principalmente ao equilíbrio entre as diversas áreas do viver. 

"Acho que cada pessoa, em diferentes momentos de vida, vai buscar coisas diferentes. Tem pessoas que estão no momento de crescimento profissional e isso traz felicidade e realização para ela, tem pessoas que encontram isso nas suas relações pessoais. Nesse momento, que estou buscando crescimento profissional, estou buscando, ao mesmo tempo, um equilíbrio melhor das coisas da minha vida e acho que isso que está fazendo toda diferença", diz. 

Outro critério para medir a felicidade do país foi a quantidade de refeições feitas em grupo. América Latina e Caribe são os locais onde mais se fazem refeições juntos, aproximadamente 9 por semana. No final da lista, está o Sul da Ásia, onde as pessoas relatam comer menos de 4 refeições em grupo por semana. 

O estudo apurou ainda que pessoas que compartilham mais refeições com outras têm mais probabilidade de comer de forma saudável e sugere que compartilhar refeições pode fortalecer e apoiar laços sociais.