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PF combate fraudes em benefícios sociais no MA e em RR

Operações investigam servidores e advogados por desvios no CadÚnico
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Madson Euler, repórter da Rádio Nacional
24/04/2025 - 12:37
São Luís (MA)
Caixa antecipa atendimentos nas agências do país
© Tomaz Silva/Agência Brasil

No Maranhão, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e três medidas cautelares de afastamento das funções públicas. Os alvos estão sendo investigados por suspeita de fraude na concessão de benefícios como o Auxílio Brasil, Bolsa Família, Auxílio Gás, entre outros, destinados a pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.

As investigações revelaram que pessoas residentes no estado do Pará — até mesmo já falecidas à época do registro — foram indevidamente inseridas no Cadastro Único por servidores públicos de São Luís e do município de São José de Ribamar, região metropolitana da capital do Maranhão. O resultado foi o recebimento indevido dos benefícios, que gerou prejuízos aos cofres públicos.

A Polícia Federal prossegue com as investigações para identificar todos os envolvidos, assim como o valor total desviado com as fraudes. Os investigados poderão responder por crimes como estelionato majorado, inserção de dados falsos em sistema de informações, associação criminosa, entre outros.

Já no estado de Roraima, uma outra operação da PF cumpriu 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Boa Vista e Pacaraima, na divisa com a Venezuela, para encontrar dados e documentos que comprovem a suspeita de concessão fraudulenta do BPC-Loas, benefício destinado a venezuelanos em Roraima. Oito pessoas, entre elas um delegado aposentado da Polícia Civil e sete escritórios de advocacia, foram os alvos da operação desta quinta-feira. Esta é a sexta ação da PF no estado para combater fraudes na concessão desse tipo de benefício.

Segundo as investigações da PF, os grupos criminosos agiam organizados e independentes da seguinte maneira: agenciadores atraíam idosos venezuelanos ainda antes de sua entrada no Brasil, na Venezuela; falsificavam documentos e cadastros para garantir o acesso ao BPC-Loas. Muitos destes idosos retornavam ao país de origem, mas continuavam recebendo o benefício irregularmente.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados, totalizando cerca de R$ 16 milhões, e aplicou medidas cautelares, como a suspensão de atividades econômicas. Os investigados poderão responder por estelionato majorado, associação criminosa e outros crimes que surgirem no curso das apurações.

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