Uma autoridade turca informou nessa quinta-feira (30) à agência de notícias Reuters que os três autores do ataque ao aeroporto de Istambul eram cidadãos da Rússia, do Usbequistão e do Quirguistão. Segundo o governo russo, nessas e em outras regiões da antiga União Soviética, o grupo Estado Islâmico recrutou pelo menos cinco mil membros até outubro do ano passado. Apesar de, até agora, ninguém ter reivindicado a autoria dos atentados, o ministro do interior turco, Efkan Ala, reafirmou que a organização terrorista é a principal suspeita.
Sonora: “As evidências, documentos e achados que obtivemos corroboram as previsões de que esse ataque foi realizado pelo Estado Islâmico. É o que apontam os achados. Mas isso será declarado oficialmente assim que a investigação for finalizada”.
A polícia turca deteve 13 pessoas em Istambul, nessa quinta-feira, suspeitas de ligação com os últimos ataques, e pelo menos outras nove em Izmir, no litoral, acusadas de trabalhar para o grupo Estado Islâmico.
No último ano, a Turquia foi alvo de pelo menos quatro atentados realizados pela organização terrorista. O país se tornou mais vulnerável aos ataques do grupo desde que passou a ter um papel mais ativo na coalizão militar liderada pelos Estados Unidos. Até então, as autoridades turcas eram acusadas de fazer vista grossa para a movimentação de jihadistas e de armas na fronteira com a Síria - alegações que o governo sempre negou. Para especialistas, é provável que a ameaça aos turcos continue.
