Com mais de meio século de lutas pelos direitos civis nos Estados Unidos, o país avançou na legislação para garantir igualdade de direitos para negros e brancos.
Mas a segregação persiste e aparece em cifras. Segundo o instituto Pew Research Center, uma organização não governamental (ONG) independente de direitos humanos, a renda média de uma pessoa branca é 13 vezes maior que a de uma pessoa negra, no país.
A desigualdade econômica persiste e não houve avanço. Após oito anos de governo Barack Obama, o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos, brancos e negros ainda vivem, na prática, em desigualdade.
O índice de desemprego é duas vezes maior entre negros do que entre brancos.
Os brancos ocupam os melhores postos de trabalho, tem melhores salários e melhores escolas. As leis de hoje garantem que as escolas devem receber brancos e negros de forma igual, mas o país vive um fenômeno de apartheid escolar.
Em termos de violência, há mais vítimas nas comunidades afro-americanas do que entre a população branca.
Um estudo das Nações Unidas revelou que os negros são oito vezes mais susceptíveis de serem assassinados que os brancos nos Estados Unidos.
A polícia norte-americana mata mais negros que brancos segundo a própria Procuradoria-Geral do país.
Crimes de ódio continuam a acontecer e tiveram números acirrados com a vitória do milionário Donald Trump. Entre o dia 8 de dezembro até agora foram registrados mais de 700 casos de crimes motivados pelo racismo.