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Internacional

Trump diz que tem "mente aberta" para estudar acordo sobre o clima

Aquecimento Global
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Lana Cristina
23/11/2016 - 12:10
Brasília

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, recuou da decisão de abandonar o acordo internacional sobre o clima, assinado no ano passado em Paris.


Em entrevista concedida a repórteres e editores do jornal New York Times, nessa terça-feira (22), Trump voltou atrás na promessa feita durante a campanha eleitoral e disse, agora, que tem a mente aberta para estudar o assunto.


O presidente eleito disse, também, que o ar limpo e a água cristalina são de vital importância para o mundo.


O acordo de Paris foi assinado por mais de 200 países, em dezembro de 2015, com o objetivo de reduzir os gases de efeito estufa e assegurar que o aumento da temperatura média global se mantenha em menos de 2 graus Celsius (ºC) acima dos níveis pré-industriais.


Outro ponto do discurso de campanha que Trump afirmou não estar mais em seus planos é a decisão de processar sua oponente do Partido Democrata, Hillary Clinton, investigada pelo FBI sobre o uso de seu e-mail privado para tratar de assuntos oficiais quando ela foi secretária de Estado no governo Obama.


Trump também mudou de ideia com relação à tortura de suspeitos de terrorismo. Ele, agora, diz que não tem mais certeza se isso seria uma boa ideia, como havia dito na campanha.


Donald Trump aproveitou a entrevista ao New York Times para dar o recado de que não simpatiza com o grupo de extrema direita que atende pelo nome de Alt Right, conhecido por ter um discurso racista e anti-semita. O grupo comemorou a vitória de Trump nas eleições.


O  presidente eleito disse que não acredita ser necessário se afastar das empresas imobiliárias em que tem participação apesar dos crescentes questionamentos da imprensa sobre como os negócios globais podem afetar a tomada de decisão do novo presidente como o principal executivo da nação.


Apesar de Trump ter voltado atrás com relação a vários pontos de seu discurso de campanha, a imprensa dos Estados Unidos se mantém cética.


De acordo com o jornal The Washington Post, por exemplo, o presidente eleito tem um histórico de fazer declarações inconsistentes com as anteriores, o que significa que é incerto se qualquer das posições que ele passou a defender agora vá ter continuidade no futuro.

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