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Internacional

Reunião urgente do Mercosul vai discutir neste sábado situação da Venezuela

Mercosul
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Monica Yanakiew
31/03/2017 - 17:33
Buenos Aires, na Argentina

A Argentina convocou os chanceleres do Brasil, do Paraguai e do Uruguai para uma reunião urgente, no sábado, em Buenos Aires. Os quatro países fundadores do Mercosul vão discutir a situação da Venezuela, que se agravou depois que o Superior Tribunal de Justiça decidiu assumir as funções do parlamento.

 

Esse é mais um capítulo na escalada da crise institucional venezuelana, que foi motivo de uma reunião na terça-feira na sede da OEA, Organização dos Estados Americanos, em Washington.

 

Antes desse encontro, na semana passada, o Brasil e outros treze países tinham assinado um comunicado pedindo ao presidente Nicolas Maduro que libere os políticos da oposição presos. O documento também pedia a convocação das eleições para governador, que foram indefinidamente adiadas no ano passado.

 
A Venezuela ja foi suspensa do Mercosul, por não ter incorporado as normas necessárias para fazer parte do bloco.

 

O líder opositor venezuelano Henrique Capriles se reuniu nesta sexta-feira com o secretário-geral da OEA, o uruguaio Luis Almagro, para pedir nova reunião. O próprio Almagro defende a suspensão da Venezuela da OEA por considerar que o governo desrespeita as instituições democráticas.

 

A oposição convocou o povo às ruas. Mas, na Venezuela, a surpresa foi a declaração da procuradora-geral da República, Luisa Ortega, que era considerada pelos opositores uma aliada do governo. Ela disse que a decisão do Superior Tribunal de Justiça representa uma ruptura na ordem constitucional e que ela tem a obrigação de expressar a sua preocupação aos venezuelanos.

 

O Superior Tribunal já tinha anulado diversas decisões do parlamento, alegando que o Legislativo está em desacato. O motivo do desacato seria a decisão de dar posse a três deputados cuja eleição em dezembro de 2015 foi questionada pela Justiça.

 

Nessa eleição, a oposição conquistou a maioria parlamentar pela primeira vez em 18 anos de governos chavistas. Apesar de ignorar as decisões do Legislativo, o Judiciário jamais tinha assumido para si o controle do Parlamento.

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