As Forcas Armadas Revolucionarias da Colômbia – as FARC – anunciaram nesta terça-feira (27) seu fim, como o grupo guerrilheiro mais antigo da América Latina.
Os sete mil rebeldes, que há meio século combatem as forcas de segurança colombianas, acabam de entregar as Nações Unidas todo o seu armamento.
No total, foram 7.332 armas – uma por cada guerrilheiro.
O desarmamento das FARC faz parte do acordo de paz, assinado pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder guerrilheiro Rodrigo Londoño.
Nesta terça-feira (27), os dois comemoraram o fim de 53 anos de enfrentamentos, que deixaram milhares de vitimas – a maioria civis.
O desafio, agora, vai ser implementar esse acordo.
O governo vai dar ajuda financeira as FARC, para que possam criar um partido político, disputar eleições, e lutar por suas ideias, sem violência, no Congresso.
Mas o estado colombiano também terá que investir na capacitação dos sete mil guerrilheiros para incorporá-los ao mercado de trabalho.
Se não tiverem opções legais de sobrevivência, os rebeldes podem voltar a clandestinidade. Outro risco para a paz na Colômbia são os grupos paramilitares.
Eles eram contratados por latifundiários e narcotraficantes para combater os guerrilheiros, que ameaçavam seus interesses.
Os paramilitares foram vinculados a recentes assassinatos de lideranças sociais na Colômbia. Existe o medo de que eles avancem sobre os territórios, que antes eram ocupados pelas FARC.