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Internacional

Trump condena manifestações de extrema direita e chama racistas de criminosos

Estados Unidos
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Paola de Orte
14/08/2017 - 19:37
Washington, nos Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou nesta segunda (14) as manifestações de extrema direita na cidade de charlottesville durante o final de semana. Trump disse que o Departamento de Justiça vai investigar os atos de violência. E falou que o racismo é o mal, e que aqueles que causam violência em seu nome são criminosos e bandidos, incluindo a ku klux klan, os neo nazistas, os supremacistas brancos e outros grupos de ódio, repugnantes para os valores americanos.

 

Mas críticos do presidente disseram que a condenação veio tarde demais. Dois dias se passaram desde os enfrentamentos violentos na Virgínia até que Trump decidisse condenar os organizadores da manifestação, chamada de “una a direita”, que juntou desde supremacistas brancos, até a chamada “alt-right”, a direita alternativa que ajudou a eleger Donald Trump.

 

Eles protestavam contra a retirada da estátuta de um líder confederado durante a guerra civil no século XIX. Os confederados lutaram a favor da manutenção do sistema produtivo que incluía o uso de mão de obra escrava nos Estados Unidos. Nesta segunda, as Nações Unidas também condenaram o uso da violência em Charlottesville.

 

No sábado, Trump já havia se pronunciado sobre o incidente, mas preferiu não apontar culpados, e disse que muitos lados estavam envolvidos na violência. Sofreu críticas por não condenar o racismo. Hoje, o presidente preferiu um tom mais forte, e o secretário de Justiça norte-americano, Jeff Sessions, chegou a dizer em uma entrevista para um canal de tevê que o ataque com um carro no final de semana pode ser considerado terrorismo doméstico.

 

Nesta segunda, a Justiça norte-americana negou fiança para o acusado de dirigir contra uma multidão que protestava contra a manifestação, ferindo quase vinte pessoas e matando uma mulher de 32 anos. A especialista em direito Heather Heyer protestava contra os nacionalistas brancos que se juntaram para se manifestar na sua cidade natal.

 

Conhecidos de James Alex Fields Jr. disseram que ele tinha simpatias pelo nazismo desde a adolescência e que havia tentado sem sucesso entrar no Exército dos Estados Unidos.

 

No domingo, a cidade de Charlottesville se reuniu para fazer uma vigília em homenagem às vítimas do incidente de sábado.

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