Barack Obama rompeu o silêncio nessa quinta-feira (19), na Virgínia, em um evento de campanha eleitoral democrata para o governo do estado. Sem mencionar diretamente o nome de Donald Trump, o ex-presidente falou que o país está retrocedendo ao século passado. E que, neste momento em que a política está tão dividida, é preciso recuperar o espírito de união. Ele desafiou os eleitores a se engajarem e afirmou que alguém que ganha uma campanha dividindo as pessoas, mais tarde, não vai ser capaz de governá-las e uni-las de novo.
Mais tarde, no mesmo dia, em Nova York, em um evento no instituto que comanda, o ex-presidente republicano George W. Bush também falou da preocupação com o momento da política americana. Primeiro, fez uma autocrítica e disse que a confiança nas instituições diminuiu nas últimas décadas. E que o descontentamento profundo da população com a economia acirrou conflitos partidários e tornou a política mais vulnerável a teorias conspiratórias.
Sem mencionar Trump, Bush falou da suposta interferência da Rússia nas eleições presidenciais. E finalizou o discurso criticando o racismo. Afirmou que as pessoas de todas as raças, religões e etnias são plenamente e igualmente americanas.
A intolerância e a supremacia branca, em todas as suas formas, são uma blasfêmia à própria identidade do país como nação.