Parlamentares criticam Trump por retirar EUA de acordo nuclear com Irã
Internamente, a decisão de Donald Trump sobre retirar os Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã causou reações das principais lideranças dos partidos Republicano e Democrata, sobretudo no Congresso.
A maioria republicana apontou erros que precisavam ser corrigidos, mas vários líderes viram de forma crítica a ruptura com países aliados.
Os democratas criticaram, seguindo a linha do ex-presidente Barack Obama, que nessa terça-feira (8) chama a posição assumida por Trump de um "grande erro".
Os republicanos que elogiaram a decisão, destacaram que o acordo de 2015 não era sólido, seguindo argumentos de Trump sobre as falhas do pacto em impedir que o Irã apoie grupos terroristas no Oriente Médio.
O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, afirmou que o pacto "foi falho desde o início" e que espera trabalhar para melhorá-lo junto ao presidente Trump.
"Minha opinião é que é um negócio falho e podemos fazer melhor", explicou e completou: "claramente há um próximo passo além disso e estamos ansiosos para ver como faremos isso.”
O senador republicano, Jeff Flake, do Arizona, afirmou que permitir que o Irã contorne as restrições impostas a seu programa nuclear "seria imprudente", mas que a saída do acordo foi uma decisão errada.
Entre os líderes democratas a reação foi mais crítica, até mesmo entre os políticos que, em 2015, foram contrários ao pacto, como o atual líder da Minoria no Senado, Chuck Schumer.
Horas depois do anúncio da decisão, pela Casa Branca, ele afirmou que "Trump parece ter um slogan, mas nenhum plano", afirmou o líder.
O ex-candidato presidencial democrata, senador Bernie Sanders, divulgou um vídeo em suas redes sociais em que diz que o discurso do presidente Trump sobre a saída do país do acordo "foi a mais recente de uma série de decisões imprudentes que aproximam o país do conflito."
Sanders afirmou que a decisão de "reimpor sanções" nucleares ao Irã e retirando-se do Plano de Ação Integral Conjunto [Donald Trump] colocou a nação em um caminho perigoso.
Para o senador, a decisão de Trump isolou os Estados Unidos de seus mais importantes aliados europeus - França, Alemanha e Reino Unido - que continuam apoiando o acordo e têm sistematicamente afirmado que é de seus próprios interesses de segurança nacional vê-lo confirmado.