Em Davos, na Suíça, o presidente Jair Bolsonaro reconheceu Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela e ofereceu apoios político e econômico ao país. A a reação do governo brasileiro veio poucas horas depois de Juan Guaidó se declarar presidente interino da Venezuela.
"O Brasil, juntamente com os demais países do Grupo de Lima, estão reconhecendo um a um esse fato. Nós daremos todo o apoio politico necessário para que esse processo siga seu destino", disse o presidente.
A declaração de Bolsonaro foi feita ao lado do presidente da Colômbia, Iván Duque, da vice-presidente do Peru, Mercedes Araoz, e da Ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland.
O assunto também foi tema de entrevista do presidente à TV Record durante um intervalo nas reuniões do Fórum.
"A história tem nos mostrado que as ditaduras não passam o poder para a respectiva oposição de forma pacífica e nós tememos as ações da ditadura Maduro. Obviamente o Brasil acompanha com muita atenção e estamos no limite daquilo que podemos fazer para restabelecer a democracia naquele país".
Aqui no Brasil, o presidente em exercício, o general Hamilton Mourão, afirmou que o país não vai interferir na política interna da Venezuela. E foi bem claro:
"O Brasil não participa de intervenção. Não é da nossa política externa intervir em assuntos internos de outros países, vocês sabem disso".
Questionado sobre qual será a posição do Brasil em caso de uma prisão de Guaidó, Mourão afirmou que só poderá protestar, nada além disso. E acrescentou que será preciso aguardar as consequências da decisão do Brasil e de outros países em rejeitar o governo de Nicolás Maduro.
O fato é que estão a favor de Juan Guaidó o presidente da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, e os governos de Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Guatemala, Paraguai e Peru, além do Brasil. Já Nicolás Maduro recebeu apoios de Bolívia, México e Rússia.