A República Democrática do Congo declarou nesta segunda-feira (3) o fim do surto de ebola que começou em fevereiro deste ano no país da África Central. Ao todo, 12 pessoas foram infectadas e seis morreram pela doença na província de Kivu do Norte. Esse foi o 12º surto a atingir o território congolês e o quarto em menos de três anos.
De acordo com a Organização Internacional Médicos Sem Fronteiras, a doença foi controlada após a vacinação de 1.600 pessoas próximas dos pacientes infectados, o que incluiu também contatos de contatos dos moradores da província que contraíram a doença.
Em comunicado, o ministro da Saúde do Congo, Jean-Jacques Mbungani, comemorou o sucesso da operação de combate à doença, realizada apesar do contexto de segurança enfrentado na região e da pandemia de covid-19 que também atinge o país.
A ONU alerta para a situação humanitária complexa e desafiadora vivida no Congo. Várias partes do país, como a província de Kivu do Norte, enfrentam conflitos armados e violação de direitos humanos.
Por uma rede social, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, parabenizou o ministro da Saúde do Congo, as comunidades e os profissionais de saúde responsáveis pelo fim do último surto de ebola. E pediu que o país redobre os cuidados para evitar o retorno do vírus.
O ebola é transmitido às pessoas a partir de animais selvagens. A doença é grave e muitas vezes fatal, com taxa de letalidade que pode chegar a 90%. O vírus pode permanecer no corpo dos infectados, mesmo quando eles não apresentam mais sintomas graves da doença.