Análise: invasão da Ucrânia completa sete dias com força militar russa
A invasão da Ucrânia pela Rússia completa sete dias. Há previsão de uma nova tentativa de cessar fogo nesta quarta-feira (2) . Para o historiador Sérgio Paulo Muniz Costa, autor do livro Os pilares da discórdia, não é possível dizer que as negociações vão chegar a um consenso. O especialista, que também foi delegado do Brasil na Junta Interamericana de Defesa, órgão ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA), analisou em entrevista ao Repórter Nacional a atuação russa nessa semana e a reação ucraniana e de potências como Estados Unidos e China.
"O que está em jogo neste primeiro momento é o status da Ucrânia. Esse conflito pode decidir se a Ucrânia é um país independente, territorialmente íntegro, capaz de defender o seu destino. Em ensaio publicado no ano passado, Putin disse que Rússia e Ucrânia são o mesmo país. Mas a guerra da Ucrânia, como já pontuaram vários analistas, vai além da Ucrânia. Pode se dizer, com esses pronunciamentos do Putin, que o objetivo dele é restaurar o poder russo no formato mais próximo possível da antiga União Soviética, como uma potência capaz de impor a sua vontade à Europa e projetar poder no mundo, enfrentando os Estados Unidos e rivalizando com a China na Ásia e liderando a contestação ao Ocidente", afirmou.
Confira a análise na íntegra no player acima.
* Com apresentação de Priscilla Mazenotti.
