A tragédia na Líbia. Os mortos passam dos 10 mil e o prefeito de Derna, a cidade mais devastada, disse que o número pode ficar entre 18 mil e 20 mil com base na extensão dos danos.
A Organização Meteorológica Mundial afirmou hoje que a maior parte das mortes poderia ter sido evitada, caso os sistemas de alerta do país estivessem operantes. O secretário geral da organização disse que se houvesse um serviço meteorológico funcionando normalmente teria emitido avisos e os gestores de emergências poderiam ter evacuado as pessoas
Autoridades líbias anunciaram uma investigação para apurar responsabilidades. Em Derna, quatro dias depois da tragédia, as águas geralmente turquesa do Mediterrâneo ainda estão barrentas e familiares procuram por desaparecidos no mar.
O trabalho árduo de busca pelos escombros prossegue. As equipes locais apelam pelo envio de mais sacos plásticos para armazenar os corpos. Com o processo de decomposição, cresce o medo da proliferação de doenças.
Apenas na noite dessa quarta, os dois governos paralelos da Líbia anunciaram um esforço conjunto para gerenciar a crise. Voluntários que chegam de outras partes do país reclamam da falta de comando.
O Crescente Vermelho, equivalente a Cruz Vermelha no mundo árabe, estima que os mortos já ultrapassam 10 mil e os desaparecidos 20 mil. Mais de três mil desabrigados se amontoam em sete abrigos da cidade.
Equipes da Turquia já atuam em Derna e Alemanha e Itália enviaram mais ajuda.