Depois que os militares israelenses invadiram o hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza, o subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos Humanitários, Matin Griffiths, disse, nas redes sociais, estar "horrorizado". Segundo ele, a proteção dos recém-nascidos, dos pacientes, equipe médica e de todos os civis deve estar acima de todas as preocupações. E finalizou dizendo que “os hospitais não são campos de batalha”.
O mesmo disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, também na internet. Para ele, a ação de Israel é “inaceitável”. Ele lembrou que as leis internacionais pregam a proteção de todos os serviços de saúde, contra qualquer ato de guerra.
As ações no hospital Al-Shifa começaram na terça-feira (14) e duraram até essa quarta-feira (15). Israel alega que o Hamas mantém um centro de comando no subsolo do hospital e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, confirmou a operação, dizendo que "não há lugar em Gaza" que as forças israelenses não alcancem.
A secretaria da ONU para assuntos humanitários informou que no ataque do Hamas, em sete de outubro, morreram 1.400 pessoas em Israel. Desde então, a entidade contabiliza mais de 11 mil mortos pelos militares israelenses, na Faixa de Gaza.