Estudo sugere que Brasil diversifique parcerias no setor de defesa
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sugere que o Brasil reduza o peso dos Estados Unidos no setor de defesa e aumente parcerias com outras potências. A pesquisa do instituto procurou avaliar a atuação do setor de defesa brasileiro no exterior, observando as principais missões militares.
O levantamento mostrou que, entre 2020 e 2023, 134 militares brasileiros fizeram cursos nos Estados Unidos, sendo que 97 eram oficiais superiores. Isso é mais que o dobro do segundo colocado, a Suécia, que recebeu 63 brasileiros.
Os Estados Unidos lideram também cursos de pós-graduação stricto senso, cursos de mestrado e doutorado. Foram 27 militares brasileiros entre 2020 e 2023, o triplo do segundo destino.
Para o pesquisador Pedro Barros, essa concentração em um único parceiro vai contra o objetivo da política externa brasileira, de autonomia e igualdade entre as principais potências.
Por isso, o pesquisador acredita que a falta de diversidade nas parcerias faz com que o Brasil tenha menos mobilidade no cenário internacional.
Nós pedimos um posicionamento às três Forças Armadas, Exército, Marinha e Aeronáutica, não tivemos resposta até o fechamento desta reportagem.