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Internacional

OEA sugere ilegalidades nas eleições na Venezuela

Documento diz que nem a divulgação de atas respaldam resultado
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Gabriel Correa
30/07/2024 - 15:35
São Luís
A protester runs with a Molotov cocktail as Venezuelan opposition supporters protest following the announcement by the National Electoral Council that Venezuela's President Nicolas Maduro won the presidential election, in Caracas, Venezuela July 29, 2024. REUTERS/Alexandre Meneghini
© REUTERS/Alexandre Meneghini/Proibida reprodução

A Organização dos Estados Americanos (OEA) divulgou nesta terça-feira (30) um relatório de 23 páginas questionando o resultado oficial das eleições venezuelanas do último domingo (28). O documento sugere ilegalidades no processo eleitoral e alega que não há divulgação de documentos públicos que respaldem os resultados anunciados. Essa não é a primeira vez. Em 2019, o Conselho Permanente da OEA também não reconheceu a "legitimidade" do governo de Nicolás Maduro.

Nessa segunda-feira (29), sete pessoas morreram durante protestos na Venezuela contra a reeleição de Maduro, segundo a agência de notícias RTP. O Observatório Venezuelano de Conflitos registrou 187 atos em 20 estados. Segundo o grupo ativista pelos Direitos Humanos Foro Penal, 46 pessoas foram detidas.

A Venezuela também expulsou diplomatas de 7 países latino-americanos: Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai. O governo venezuelano classificou os questionamentos de intervencionistas e contrários à soberania nacional.

Nicolás Maduro foi reeleito, no último domingo, para o terceiro mandato por mais 6 anos, contra o ex-diplomata Edmundo González, que afirma ter ocorrido fraude eleitoral.

O Itamaraty informou que observa a situação e recomendou que brasileiros, com viagem marcada, acompanhem a página da Embaixada do Brasil em Caracas, para se manterem informados sobre a situação de segurança por lá.

O governo brasileiro disse que aguarda a publicação dos dados da apuração eleitoral, por mesa de votação, e considera que esse seria um passo "indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado".

O Ministério Público da Venezuela comunicou que o Conselho Nacional Eleitoral ainda vai publicar as atas de cada uma das mais de 30 mil mesas.

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