Esta foi mais uma segunda-feira trágica no Oriente Médio. Na maior ofensiva contra o Hezbollah desde o início da guerra em Gaza, o exército de Israel informou que aviões de combate lançaram mais de 800 ataques contra o Líbano. Desde outubro passado, os mortos no conflito entre Israel e o Hezbollah já ultrapassam o número de vítimas na última guerra travada entre os dois lados, em 2006.
As agressões prosseguem na noite desta segunda-feira, perto da cidade israelense de Haifa, o sistema de defesa do país segue interceptando foguetes lançados pelo Hezbollah. Perto da fronteira com o Líbano moradores também registram flagrantes em vídeo a todo momento.
Na maior ofensiva contra o Hezbollah desde o início da guerra em Gaza, o exército de Israel informou que aviões de combate lançaram mais de 800 ataques contra o Líbano. Além do sul, onde o grupo xiita se concentra, os bombardeiros atingiram o leste do país, no Vale do Bekaa, e o norte, perto da Síria. Em muitos casos, os alvos ficam em áreas residenciais.
Israel divulgou um comunicado orientando a população libanesa a se afastar pelo menos 1.000 metros de locais que sejam usados pelo Hezbollah. Milhares de mensagens de texto e ligações telefônicas automáticas com o mesmo conteúdo chegaram a regiões tão distantes da fronteira quanto a capital Beirute, provocando pânico e levando pais a correrem até as escolas para buscar os filhos. Dezenas de milhares de pessoas fogem das áreas atingidas, provocando grandes engarrafamentos.
Beirute também voltou a ser bombardeada nesta segunda. De acordo com a agência de notícias Reuters, em um dos ataques o alvo era o chefe da frente sul do Hezbollah,Ali Karaki. Mas o grupo informou que ele estava a salvo.
Durante a tarde, quando a contagem dos mortos ainda era menor, o ministro interino da Saúde libanês, Firas Abiad, disse que esse é o dia mais mortal da história do país desde o fim da guerra civil em 1990. E informou que, entre as vítimas fatais, estavam 21 crianças e 39 mulheres.
Em um pronunciamento direcionado aos libaneses, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Hezbollah de usar a população como escudo humano e apelou para que fujam do perigo imediatamente, afirmando que poderão retornar para casa em segurança depois que a operação terminar. Em uma declaração anterior, Netanyahu disse que Israel enfrentava dias complicados e pediu aos Israelenses que permanecessem unidos.