Seguem as buscas por vítimas no território francês de Mayotte, após a passagem do mais poderoso ciclone a atingir o arquipélago em quase cem annos. O temor é que os mortos possam chegar a milhares.
O arquipélago no oceano Índico entre Madagascar e a Costa de Moçambique é uma das regiões mais pobres da França. Mais de três quartos dos 300 mil habitantes vivem abaixo da linha da pobreza. O ciclone Chido atingiu Mayotte na manhã de sábado com ventos de mais de 200 km/h e ondas de oito metros da altura. A população está sem água e energia. O governo francês enviou militares para ajudar nas buscas. O ministro do interior Bruno Retailleau chegou nesta segunda-feira ao território e disse que o número de vítimas não pode ser determinado no momento. Autoridades locais falam da possibilidade de milhares de mortos.
Alemanha
Na Alemanha, parlamentares aprovaram um voto de desconfiança do chanceler Olaf Scholz, dando mais um passo para realização de eleições antecipadas na maior economia da Europa. A votação havia sido um pedido do próprio Scholz, após perder a maioria que sustentava o governo, ao propor um plano de investimentos que requer aumento de gastos. O chanceler aposta na medida para enfrentar a profunda crise econômica que acomete o país. Ele é candidato à reeleição, embora seja o líder alemão menos popular desde a reunificação em 1990. À frente, nas pesquisas, estão os conservadores e a extrema-direita.
Espanha
Nesta segunda-feira, foi a vez de agricultores da Espanha protestarem contra o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, anunciado no último dia 6. Em frente ao Ministério da Agricultura, em Madri, centenas de produtores alegaram que o acordo levaria a importações baratas de commodities sul-americanas, que não atenderiam aos padrões europeus de proteção ambiental e segurança alimentar. O governo espanhol defende o acordo como uma alternativa vital ao fechamento do mercado russo e à dependência da China. Os termos negociados ainda precisam ser aprovados pelos países membros.
Síria
O ex-ditador sírio, Bashar Al-Assad, divulgou o primeiro comunicado público após a queda, no domingo retrasado. Assad rebateu os relatos de que teria fugido sem avisar aliados e parentes e após ter mentido para comandantes militares. Ele alega que foi forçado a deixar o país, após a tomada por terroristas. Nesta segunda-feira, desembarcou em Damasco o subsecretário geral das nações unidas para assuntos humanitários, Thomas Fletcher. Ele se encontrou com o governo interino e prometeu um fluxo massivo de ajuda para a reconstrução. No domingo, foi recebido o enviado especial da onu para a Síria, Geir Pedersen, que defendeu um fim rápido das sanções contra o país, para ajudar na recuperação econômica. A população continua a derrubar estátuas da família Assad. Em Damasco, as escolas voltaram a funcionar ontem. E a embaixada da Turquia foi reaberta, após 12 anos.