Europa busca alternativas com fim do contrato de gás russo
O gás natural é uma das principais fontes de energia para a Europa. Mais da metade dessa energia consumida no continente é importada. Uma das vias de chegada é o gasoduto que passa pela Rússia e Ucrânia. Por causa da guerra, um acordo entre os dois países não foi renovado, e o gás russo não passará mais pelo território ucraniano. Isso deve ter um custo de 7 bilhões de euros para as duas economias. Além disso, países como Moldávia, Áustria, Alemanha, Hungria e Eslováquia são alguns dos países que serão impactados.
Com o término do acordo do gás entre Rússia e Ucrânia o gasoduto, ainda da época da União Soviética, foi fechado desde o início da guerra entre os dois países. O fornecimento do gás russo para os países da União Europeia já havia sido reduzido, porque países que consumiam o gás russo passaram a buscar outros fornecedores ou outras fontes. Moscou perdeu parte da hegemonia no transporte desse produto para rivais como os Estados Unidos, Catar e Noruega. Entretanto, algumas regiões ainda dependem bastante das importações do gás natural da Rússia.
É o caso da Moldávia, onde foram fechadas todas as indústrias de uma região separatista, exceto os produtores de alimentos. De acordo com o cientista político Ricardo Leans, a Alemanha também deve ser impactada e será obrigada a procurar alternativas, que terão custos maiores.
Para tentar minimizar o impacto a Rússia, por sua vez, busca aumentar as exportações de gás para a China para minimizar os prejuízos e salvar a estatal Gazprom. Segundo a agência de risco S&P Global, o fornecimento de gás russo para a China deve aumentar em 8 bilhões de metros cúbicos até 2025.
A mudança nas rotas de transporte de gás pode causar impactos significativos na indústria europeia. Para Ricardo ainda é difícil prever se haverá prejuízos nas relações entre a União Europeia e o Mercosul.
A guerra entre Rússia e Ucrânia caminha para o seu terceiro ano de duração, o conflito armado começou em 24 de fevereiro de 2022 .
*Com informações da Agência Reuters