Lula conversa com Putin por telefone e indica viagem à Rússia
O presidente Lula deve viajar para Moscou em maio para as festividades russas que celebram os 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial. O convite foi feito pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, em conversa por telefone com Lula, na manhã desta segunda-feira (27). O presidente brasileiro indicou a intenção de comparecer ao evento.
Segundo comunicado do Palácio do Planalto, no telefonema, foram tratados temas das agendas global e bilateral. Lula expressou preocupação com o cenário internacional e reafirmou o compromisso do Brasil com a promoção da paz. Putin demonstrou interesse pelos trabalhos do Grupo Amigos da Paz, lançado pelo Brasil e pela China na ONU, em setembro do ano passado, e agradeceu a contribuição de atores como o Brasil na busca de uma solução para o conflito na Ucrânia.
A conversa incluiu também a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada durante a presidência brasileira do G20, no ano passado, e o apoio russo à presidência brasileira do Brics, um dos principais foros de cooperação política e econômica do Sul Global. O Brasil assumiu em 2025 a presidência do grupo, formado por Rússia, Índia, China e África do Sul, bem como por outros membros recém-admitidos: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
Também nesta segunda-feira, o presidente Lula realizou uma nova tomografia de controle, que indicou melhora do quadro após as cirurgias realizadas em dezembro do ano passado para drenar um hematoma na cabeça, em decorrência de uma queda ocorrida em outubro, no Palácio da Alvorada. Lula foi liberado para a rotina habitual, como viagens e atividades físicas, e seguirá acompanhado pela equipe médica liderada pelo professor Dr. Roberto Kalil Filho e pela Dra. Ana Helena Germoglio.
Pelas redes sociais, Lula lembrou o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, celebrado nesta segunda-feira, 27 de janeiro. Há 80 anos, o campo de concentração de Auschwitz foi libertado. Na mensagem, Lula afirmou que Auschwitz foi palco de uma "brutalidade indescritível", onde morreram um milhão dos seis milhões de judeus que perderam suas vidas "sob a barbaridade do regime nazista de Hitler".
O texto diz ainda que recordar os horrores do holocausto não é apenas um ato de memória, mas um gesto de compromisso com a humanidade, diante dos perigos do extremismo que ressurge nos dias de hoje. Lula ainda renovou seu compromisso com a luta contra o antissemitismo e contra todas as formas de discriminação.