TRF-4 muda regra e não vai mais prender automaticamente após condenação em 2ª instância

Para atender STF

Publicado em 26/11/2019 - 22:15 Por Victor Ribeiro - Brasília

A partir de agora, o TRF-4, Tribunal Regional Federal da Quarta Região, não vai mais poder prender automaticamente os réus que tiverem a condenação confirmada em segunda instância. As prisões só devem ocorrer após o chamado trânsito em julgado. É quando o julgamento ocorre na última instância e não existe mais possibilidade de recurso.


A decisão é do vice-presidente do TRF-4, desembargador Luís Alberto d’Azevedo Aurvalle, que anulou uma súmula aprovada por duas turmas da corte.


Na prática, a mudança impede que a Justiça Federal antecipe a execução da pena, como ocorria desde 2016. Foi naquele ano que o Supremo Tribunal Federal autorizou a prisão após a condenação em segunda instância. No começo do mês, o Supremo mudou o entendimento, porque entendeu que esse tipo de prisão viola o princípio constitucional da presunção de inocência. O artigo quinto da Constituição diz que ninguém deve ser considerado culpado até o trânsito em julgado.


Ao anular a súmula, o desembargador levou em consideração a decisão da corte mais alta do país. Na semana passada, a ministra do Supremo Cármen Lúcia já havia determinado que o TRF-4 analisasse imediatamente todas as prisões decretadas com base na súmula que foi anulada nessa segunda-feira.


A prisão após a condenação em segunda instância está em discussão no Congresso Nacional. Se voltar a valer, o tribunal terá de elaborar uma nova súmula para regulamentar a execução das penas.

 

O Tribunal Regional Federal da Quarta Região tem sede em Porto Alegre e julga em segunda instância os processos da Justiça Federal no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, inclusive as ações penais da operação Lava Jato.

Últimas notícias
Saúde

Anvisa decide pela proibição da venda de cigarros eletrônicos

De acordo com a Anvisa, estudos científicos mostram que os cigarros eletrônicos podem conter nicotina e liberam substâncias cancerígenas e tóxicas. Além disso, os dispositivos não são mais seguros que os cigarros convencionais.

Baixar arquivo
Geral

Rio de Janeiro será sede do Museu da Democracia

O Museu vai funcionar no prédio do atual Centro Cultural do Tribunal Superior Eleitoral, no centro da cidade. A concepção será feita pela Fundação Getúlio Vargas.

Baixar arquivo
Internacional

Entenda os riscos no conflito entre Israel e Irã

Ministério das Relações Exteriores do Brasil acompanha, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel. 

Baixar arquivo
Geral

Greve: governo apresenta proposta de aumento salarial

Governo propõe aumento de 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026. Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica diz que a proposta está aquém do pedido pelos servidores e que a orientação é seguir a greve.

Baixar arquivo
Cultura

Brô Mc's, primeiro grupo de rap indígena, resgata cultura ancestral

O primeiro grupo de rap indígena a criar letras e cantar músicas na pegada do hip hop nasceu há 15 anos, em Dourados, no Mato Grosso do Sul.

Baixar arquivo
Cultura

RJ: exposição marca a Década Internacional das Línguas Indígenas

Uma imersão na língua dos povos indígenas, com sua história, memória e realidade atual. Essa é a temática da exposição “Nhe’ẽ Porã: memória e transformação”, no Museu de Arte do Rio. 

Baixar arquivo