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Justiça

PF deflagra operação de prisão contra suposta milícia no Pará

Pará
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Maíra Heinen
17/12/2019 - 15:26
Brasília

Operação da Polícia Federal (PF) no Pará cumpre mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra grupo que atua no sudeste do estado como milícia rural armada. Os mandados estão sendo cumpridos em Marabá, Itupiranga, São Domingos do Araguaia, São João do Araguaia e em Belém.

 

O sigilo das comunicações eletrônicas de todos os alvos também foi quebrado pela Justiça Federal em Marabá e os dados serão utilizados nas investigações.

 

No fim de setembro, famílias de ribeirinhos denunciaram ao Ministério Público Federal, o MPF, uma série de invasões às suas terras e ameaças que teriam sido praticadas por funcionários da empresa Marca Vigilância, a mando de fazendeiros vizinhos.

 

De acordo com informações da Polícia Federal, a empresa de vigilância teria sido contratada pelos fazendeiros para fazer o mesmo papel de repressão que um grupo de milicianos fazia até agosto, quando uma operação da Delegacia de Conflitos Agrários da Polícia Civil de Marabá desarticulou a milícia.

 

Apesar de as famílias vitimadas já possuírem títulos de uso das suas terras ou de o uso da área já estar em fase de autorização pela União, elas estariam sendo intimidadas e expulsas com violência.

 

A pedido do MPF, ainda em setembro, uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou oito homens, supostamente contratados da empresa Marca Vigilância, fazendo uma barreira armada na estrada para impedir que moradores saíssem ou voltassem para suas casas.

 

Já no dia 15 de outubro, a Justiça Federal suspendeu as atividades da empresa de vigilância, no entorno da região do Lago dos Macacos, do projeto de assentamento Diamante e da Associação Flor do Brasil, entre os municípios de Marabá e Itupiranga.

 

A reportagem não conseguiu contato com a empresa Marca Vigilância.

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