Ficou para 2021 o acordo sobre a reparação de danos causados pelo rompimento da barragem de rejeitos de minério da Mina do Córrego do Feijão, no município de Brumadinho (MG).
Nesta quinta-feira (17), foi realizada mais uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça mineiro para discutir as indenizações coletivas ao estado, municípios e comunidades afetadas.
Ficaram programadas, pelo menos, mais duas audiências com a mineradora Vale, representantes do governo do estado e do judiciário.
A próxima está marcada para 7 de janeiro, quando haverá uma tentativa de se avançar na redação final. Só depois disso, uma nova audiência vai celebrar o acordo.
O governo de Minas Gerais e instituições jurídicas estaduais e federais pedem que a Vale pague R$ 54,6 bilhões para reparação coletiva dos prejuízos econômicos e sociais aos atingidos em toda região da bacia do rio Paraopeba.
Após a audiência, o secretário-geral do governo do estado, Mateus Simões, disse que já existe acordo sobre os projetos que devem ser executados pela mineradora e o apoio aos atingidos, mas ainda falta consenso em relação ao dinheiro que deve ficar guardado como garantia, caso a Vale não cumpra com os compromissos assumidos.
Do lado de fora da sede do Tribunal de Justiça mineiro, em Belo Horizonte, os atingidos pela tragédia voltaram a protestar.
O dirigente do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) comentou o resultado da audiência.
Em 25 de janeiro de 2019, o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, causou a morte de 252 pessoas, além de danos ambientais.
Em nota, a Vale afirmou que permanece empenhada em reparar integralmente os atingidos e as comunidades impactadas. A mineradora disse também que as negociações seguem avançando, mas ainda não há definição de valores.
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