Ministério Público do RJ denuncia mãe e padrasto de Henry
O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou, nesta quinta-feira (6), o vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, e a professora Monique Medeiros pela morte do menino Henry Borel.
O crime aconteceu na madrugada do dia 8 de março, no apartamento onde a criança, de 4 anos de idade, morava com a mãe Monique e o padrasto, Dr. Jairinho, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade.
De acordo com a denúncia, o casal vai responder por homicídio qualificado, pela impossibilidade de defesa da vítima, e por ter sido cometido por meio cruel e motivo torpe. A pena pode ainda ser aumentada pelo fato de Henry ser menor de 14 anos. Os dois também foram denunciados pelos crimes de tortura, fraude processual e coação.
No caso de Monique há, ainda, acusação de falsidade ideológica. Segundo as investigações, no dia 13 de fevereiro, ela prestou declaração falsa em um hospital na zona oeste carioca, para onde Henry foi levado após sofrer violência.
Ainda segundo a denúncia, Monique vai responder pela morte do filho porque, como mãe, deveria ter protegido o filho e afastá-lo da rotina de violência física e mental, à qual Henry era submetido. No entanto, nada fez.
No documento, o MP pede a conversão da prisão temporária do casal em preventiva. Para o promotor de Justiça Marcos Kac, que assina a denúncia, a prisão preventiva é a única forma de se assegurar que a instrução criminal não será atrapalhada pelos acusados.
Segundo o promotor, as investigações desvendaram que o casal tentou intimidar e cercear testemunhas, direcionar depoimentos e embaraçar o trabalho de apuração. Na denúncia, o MP ressalta que os crimes praticados pelo padrasto e a mãe do pequeno Henry demonstram desprezo por regras de conduta e boa convivência social.
Em nota, a defesa de Monique Medeiros, representada pelo advogados Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Mattar Assad, declarou que a denúncia apresentada pelo MP acerta ao atribuir homicídio qualificado contra Jairo Souza Santos Jr., o Dr. Jairinho. No entanto, segundo a defesa, Monique é vítima, e que há excesso ao afirmar que ela tenha qualquer tipo de participação no crime. Procurada, a defesa de Jairinho não se manifestou.