O número de sites oferecendo falsos leilões online cresceu durante a pandemia. Segundo dados da Aleoesp, Associação dos Leiloeiros Oficiais do Estado de São Paulo, desde março de 2020, quando foi proibida a realização desses eventos presenciais, ao menos 1.440 sites que hospedam falsos leilões foram identificados no Brasil. De 2016 a 2019, esse balanço apontava cerca de 420 endereços.
Os golpistas publicam informações, fotos e documentos de bens para que as vítimas façam lances e supostamente arrematem os bens.
Após o pagamento via boleto ou transferência para contas de terceiros, a vítima perde o valor investido e não consegue retirar a mercadoria.
O leiloeiro e presidente Aleoesp, Sérgio Freitas, alerta que normalmente essas ofertas falsas estão em domínio diferente dos sites usados no Brasil.
Os sites com ofertas falsas também não costumam citar o nome do Leiloeiro e o valor dos anúncios que são publicados. Os valores costumam ser bem abaixo do preço real dos produtos.
Segundo Sérgio Freitas, cerca de cinco milhões de reais foram movimentados nesse tipo de golpe nos últimos dois anos.
Se for vítima de uma fraude como essa, a orientação é fazer um boletim de ocorrência em uma delegacia, o mais rápido possível, para tentar reaver o dinheiro junto ao banco onde foi feito o pagamento.
A Associação dos Leiloeiros Oficiais mantém listas com a relação de leilões falsos identificados e o nome dos leiloeiros oficiais inscritos na Junta Comercial que podem ser consultados no site: aleoesp.org.br
*Com supervisão de Sheily Noleto.