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Justiça

Mãe e padrasto de Henry Borel têm novo depoimento marcado para junho

Ambos são acusados pelo assassinato do menino de 4 anos
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Tâmara Freire - repórter da Rádio Nacional
04/05/2022 - 11:12
Rio de Janeiro

A Justiça vai ouvir mais uma vez o ex-vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, e a professora Monique Medeiros, réus pela morte do menino Henry Borel, ocorrida em março do ano passado. O interrogatório foi marcado para a manhã do dia 1 de junho.

No mesmo dia, também serão ouvidos o perito legista Leonardo Huber Tauil, que assinou o laudo de necropsia de Henry, e o assistente técnico Sami El Jundi, contratado pelos advogados do ex-vereador.

Monique, que é mãe de Henry, já foi ouvida no dia 10 de fevereiro, e ao longo de quase 11 horas, sustentou a versão de que sofria abusos físicos e psicológicos cometidos por Jairinho, seu companheiro à época. Disse ainda que, no dia da morte de Henry, foi obrigada pelo ex-parlamentar a tomar calmantes para dormir e, por isso, não viu o que aconteceu com o menino.

Também no dia 10 de fevereiro, Jairinho prestou depoimento, mas falou por apenas 10 minutos, durante os quais alegou inocência e questionou as provas obtidas pela polícia e os laudos da necropsia.

A sua defesa solicitou, então, que o perito responsável pelo laudo e um especialista contratado fossem ouvidos. O pedido, negado pela juiza Elizabeth Machado Louro, titular do Tribunal do Juri, acabou sendo aceito após recursos à 7ª Câmara Criminal.

O laudo oficial produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) afirma que Henry, que tinha apenas 4 anos, foi vítima de “diversas ações contundentes, além de lesões intra-abdominais de alta energia, decorrentes de um impacto mais forte”. Ainda de acordo com os peritos, a morte do menino foi provocada por uma dessas lesões, uma laceração do fígado.

Jairinho e Monique estão presos desde abril do ano passado e se tornaram réus por homicídio doloso, tortura e coação de testemunha. Monique ainda responde for falsidade ideológica.

O ex-vereador, cassado em função das acusações, está detido no Complexo de Gericinó, em Bangu, na capital. Já a professora passou a cumprir prisão domiciliar no mês passado, porque alega que estava sofrendo ameaças de morte de outras detentas.

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