A Justiça do Distrito Federal decretou a prisão preventiva por tempo indeterminado do homem acusado de montar a bomba plantada perto do aeroporto de Brasília. A audiência de custódia foi neste domingo. George Washington de Oliveira Sousa foi preso no sábado pela Polícia Civil.
Ele é um empresário de 54 anos. Veio do Pará para participar do acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em frente ao Quartel-General do Exército na capital federal.
A bomba foi encontrada num caminhão-tanque nas proximidades do aeroporto. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Robson Cândido, a perícia indicou que houve uma tentativa de acionar o explosivo, mas que falhou.
O delegado-geral disse que o homem confessou o crime, que tinha motivação ideológica. Segundo o chefe da Polícia Civil, o material tinha potencial para causar um caos no aeroporto.
George estava hospedado num apartamento alugado no setor Sudoeste. No local, a polícia encontrou fuzis, revólveres e pistolas, além de munições. Ainda havia outras emulsões explosivas, iguais ao artefato que foi destruído pelo esquadrão antibomba da Polícia Militar.
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que o caso mostra que os acampamentos antidemocráticos em frente aos quartéis viraram “incubadoras de terroristas”. E que não haverá pacto político nem anistia para terroristas, apoiadores e financiadores.
Dino afirmou também que vai propor que o Procurador Geral da República e o Conselho Nacional do Ministério Público constituam grupos especiais para combate ao terrorismo e ao armamentismo irresponsável.