O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação da chapa que reelegeu o governador do Rio de Janeiro Claudio Castro, do PL, e seu vice, Thiago Pampolha, do União Brasil.
A Procuradoria Regional Eleitoral acusa os dois de abuso de poder político e econômico e conduta vedada pelo uso de “folha de pagamento secreta” com 27 mil cargos temporários na Ceperj, Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado, e 18 mil nomes, na Uerj, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Os desvios, de acordo com a denúncia, foram auditados pelo Tribunal de Contas do Estado.
O MPE também propôs ação contra outras dez pessoas envolvidas, incluindo políticos eleitos à Câmara dos Deputados e à Assembleia Legislativa. A ação foi protocolada nesta quarta-feira no Tribunal Regional Eleitoral.
As penas para os casos incluem a cassação dos eleitos, inelegibilidade por oito anos e multa. Para os procuradores eleitorais há vasto acervo de provas obtidas com o TCE, Uerj, testemunhas e outras fontes.
A denúncia afirma que a conduta dos investigados foi capaz de comprometer a normalidade e legitimidade do processo eleitoral. E que eles não somente tinham prévio conhecimento dos atos ilícitos praticados como participaram efetivamente deles.
Em nota, a Coligação Rio Unido e Mais Forte, que elegeu Claúdio Castro e seu vice, Thiago Pampolha, informou que vai apresentar os esclarecimentos necessários à Justiça Eleitoral e comprovar a conduta idônea da chapa eleita no pleito ao Governo do Estado.
E ainda que ambos estão seguros de que todos os pontos levantados serão respondidos e vão confirmar a lisura da chapa no processo eleitoral.