A defesa de Jair Bolsonaro disse que o vídeo com ataques, sem provas, contra as urnas eletrônicas, foi postado pelo ex-presidente de forma acidental e que ele estava medicado.
O ex-presidente prestou depoimento nesta quarta-feira à Polícia Federal a pedido da Procuradoria Geral da República que considera que o post pode ser incitação ao crime.
Bolsonaro fez a publicação dia 10 de janeiro, dois dias depois das invasões aos prédios dos Três Poderes, em Brasília. Segundo o assessor Fabio Wajngarten, na ocasião, Bolsonaro estava internado.
Wajngarten disse que o ex-presidente queria, na verdade, mandar o vídeo para outro aplicativo. Ele retirou a publicação assim que foi avisado.
O advogado Paulo Cunha Bueno disse que o ex-presidente reforçou, no depoimento à PF, que a eleição de 2022 é uma página virada.
A defesa informou que vai fornecer os dados da rede social do ex-presidente para a Polícia Federal. Ainda afirmou que Bolsonaro não foi questionado sobre a minuta do decreto nem sobre o ex-ministro Anderson Torres e que o ex-presidente poderá voltar para esclarecer outros pontos.