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Justiça

Advogados de Anderson Torres rejeitam chance de delação premiada

Defesa garante que o ex-ministro vai colaborar com as investigações
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Priscilla Mazenotti - repórter da Rádio Nacional
12/05/2023 - 13:04
Brasília

A defesa do ex-ministro Anderson Torres negou qualquer possibilidade de uma delação premiada sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. O advogado Eumar Novacki afirmou que não existe pressão por parte do Supremo Tribunal Federal nesse sentido e que o ex-ministro vai colaborar com as investigações. 

O advogado acrescentou que a senha de acesso ao celular de Anderson Torres já foi repassada para a Polícia Federal, mas que “problemas técnicos” impediram o acesso aos dados. Ele, no entanto, não deixou claro qual problema técnico seria esse, se é algo no celular, na comunicação com a nuvem ou alguma confusão com relação à senha. 

Ele ainda elogiou a atuação do Supremo no 8 de janeiro. Disse que o STF agiu com a energia necessária para “frear” a escalada de violência e violação ao estado democrático de direito. 

Esta sexta-feira foi o primeiro dia de Anderson Torres em casa, depois de ter ficado quase quatro meses preso, acusado de omissão nos atos golpistas. O advogado Eumar Novacki disse que ele está bem, medicado e com acompanhamento psicológico. 

Entre as regras para a concessão da liberdade provisória definidas pelo ministro Alexandre de Moraes estão o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de sair do Distrito Federal e também de casa à noite e nos fins de semana, a suspensão do porte de arma de fogo e a proibição de usar redes sociais ou ter qualquer contato com quem participou do 8 de janeiro. 

Ele também vai ter de comparecer semanalmente à Justiça e entregar o passaporte. Sobre esse assunto, o advogado disse que os procedimentos todos já estão sendo tomados. E que a atuação de Anderson Torres será de cooperação. 

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