O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, proibiu, nessa sexta-feira (25), que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenha qualquer tipo de contato com o ex-presidente, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e outros investigados no Caso das Joias e pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
A decisão do ministro também inclui a esposa de Mauro Cid, Gabriela Cid.
Alexandre de Moraes se baseou em um relatório da Polícia Federal, que encontrou mensagens no celular de Cid incentivando atos antidemocráticos contra a vitória do presidente Lula nas eleições do ano passado.
O tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens da Presidência está preso em Brasília, desde maio deste ano, pela suspeita de ter fraudado os certificados de vacinação contra a covid-19 da própria família, para que eles pudessem viajar aos Estados Unidos. Desde então, diversos indícios têm apontado a suposta participação de Cid em outros esquemas investigados, como o desvio de presentes de chefes de Estado estrangeiros recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, e planos de ações golpistas.
As investigações da PF também têm relacionado Cid à trama envolvendo o hacker Walter Degatti, que teria sido contratado para alterar a programação das urnas eletrônicas. Nessa sexta, Cid prestou depoimento à Polícia Federal dentro deste inquérito.