Começa nesta terça-feira (12), em Fortaleza, mais uma etapa do julgamento da Chacina do Curió. Essa nova fase, que é a terceira, oito policiais militares serão julgados.
A Chacina do Curió é considerada a maior da história de Fortaleza. Os crimes aconteceram em 2015, 11 pessoas morreram, mais da metade eram menores de idade. Outras três vítimas sofreram tentativa de homicídio e quatro foram torturados.
De acordo com a acusação do Ministério Público, as mortes ocorreram em represália ao assassinato de um policial, as vítimas foram escolhidas de forma aleatória. Os três júris envolvendo esse caso são os mais longos do judiciário cearense, segundo a Defensoria Pública do Ceará.
Ao todo, foram aceitas denúncias contra 44 policiais militares, acusados de homicídio, tentativa de homicídio, torturas física e psicológica e omissão.
Estão previstos para esta terceira fase do júri popular, um total de 22 depoimentos: são sete vítimas sobreviventes e sete testemunhas, tanto de defesa quanto de acusação, além do interrogatório dos oito réus. Entre os réus, está a primeira mulher a ser julgada neste processo.
Em junho passado, o primeiro júri sobre o caso resultou na condenação de quatro PMs a 275 anos e 11 meses de prisão em regime fechado. Na segunda fase, que terminou semana passada, após 97 horas de trabalho durante nove dias de sessão, oito policiais foram considerados inocentes.