O ex-empresário Edison Brittes foi condenado a mais de 42 anos de prisão pelo assassinato do jogador de futebol do São Paulo, Daniel Correa Freitas, no crime conhecido como Caso Daniel.
Réu confesso e o único responsabilizado pela execução do jogador, Edison está preso há mais de cinco anos e vai continuar cumprindo a pena em regime fechado.
Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e sem chance de defesa da vitima. Tem mais condenações: ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menores e coação ao curso do processo.
O caso aconteceu depois da festa de aniversário de 18 anos da filha de Edison Brittes, Allana, na noite de 26 de outubro de 2018, na qual também estava Daniel, em uma casa noturna de Curitiba.
A festa continuou na manhã do dia seguinte, na casa dos Brittes. Antes de ser agredido e morto, Daniel trocou mensagens e fotos com um amigo, em que ele aparecia deitado ao lado de Cristiana Brittes, esposa de Edison.
No dia seguinte, ele foi encontrado morto na área rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Daniel, que tinha 24 anos.
Allana Brittes, filha de Edison, foi condenada a mais de seis anos de prisão em regime fechado, por não tentar impedir o crime e dar depoimentos falsos à polícia. Ela estava respondendo ao processo em liberdade.
Pelos mesmos motivos, a esposa de Edison e mãe de Allana, Cristiana Brittes, foi condenada a seis meses de detenção e um ano de reclusão, mas em regime aberto.
O advogado Nilton Ribeiro, que defende a família de Daniel, avaliou as sentenças como justas. Já a defesa da família Brittes disse que vai recorrer das sentenças, e pretende anular o júri.