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Justiça

Caso Johnatha: militar vai responder por homicídio culposo

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Priscila Thereso - repórter da Rádio Nacional*
07/03/2024 - 14:54
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (RJ), 24/08/2023 - Ana Paula de Oliveira, mãe de Johnatha de Oliveira, morto em Manguinhos em 2014, fundadora do grupo Mães de Manguinhos, protesta contra a violência policial com mães de outras vítimas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
© Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo

Depois de 10 anos de espera e dois dias de julgamento, o 3º Tribunal do Júri da Capital no Rio de Janeiro decidiu que o assassinato de Johnatha de Oliveira Lima deve ser tipificado como homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar.

O jovem foi morto aos 19 anos, em 2014, durante uma operação da Polícia Militar, na favela de Manguinhos,  zona norte carioca.

A classificação de homicídio culposo é inferior à solicitada pela acusação. O Ministério Público pediu que o crime cometido pelo policial militar Alessandro Marcelino de Souza fosse doloso, ou seja, com intenção de matar. 

Diante da sentença, há um declínio de competência e o caso vai ser transferido para julgamento no Tribunal Militar. O processo e as investigações deverão recomeçar e a pena será decidida pelos juízes militares. No entanto, ainda cabe recurso pelo Ministério Público.

Em 14 de maio de 2014, Johnatha cruzou com um tumulto entre policiais e moradores da favela de Manguinhos. Um tiro disparado pelo agente da Unidade de Polícia Pacificadora, Alessandro Marcelino, atingiu as costas do jovem. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento e morreu no local. A família prestou queixa na delegacia e começou a pressionar pelo andamento das investigações.  

*Com informações da Agência Brasil 

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