A condenação do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro ao ex-governador Anthony Garotinho foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral, em sessão nesta quarta-feira (29).
Os crimes apontados são corrupção eleitoral, associação criminosa, supressão de documento e coação de testemunhas cometidos na eleição de 2016, na cidade de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. O ex-governador já foi prefeito do município por duas vezes.
Uma das acusações contra Garotinho é que ele teria montado um esquema fraudulento para uso eleitoreiro do programa assistencial "Cheque Cidadão", voltado a famílias de baixa renda. O esquema foi investigado na Operação Chequinho, da Polícia Federal, em 2017.
O relator do processo, ministro Ramos Tavares, destacou que provas robustas, baseadas em depoimentos, testemunhas, perícias e interceptações telefônicas não deixaram dúvidas quanto ao protagonismo do ex-governador na idealização dos crimes.
Garotinho foi condenado a 13 anos e 9 meses de prisão, multa pelos crimes e inelegibilidade. Também foi rejeitado pedido de indulto natalino feito pela defesa.
Além de prefeito de Campos dos Goytacazes, Garotinho já foi deputado estadual e federal. Governou o Rio de Janeiro entre 1999 e 2002.