A prefeitura de Cairu, na Bahia, informou que as praias que compõem o Arquipélago de Tinharé amanheceram esta quarta-feira sem registro de óleo. Com isso, elas estão liberadas para os frequentadores.
Foram identificados, no entanto, pequenos pontos na Terceira Praia, que ainda estão sendo removidos. Equipes da Marinha e do IBAMA monitoram a situação.
Mesmo com as praias liberadas, a prefeitura orienta que os turistas fiquem atentos ao aparecimento de possíveis manchas de óleo. O município-arquipélago aguarda a avaliação dos órgãos estaduais responsáveis sobre a possibilidade de recomendar o banho de mar no local.
Mais de 900 toneladas de petróleo foram retiradas de praias do Nordeste desde 30 de agosto, quando surgiram as primeiras manchas de óleo no litoral, na faixa que vai do maranhão à Bahia. Nesta quarta, ativistas da ONG ambientalista Greenpeace derramaram um produto que se assemelha com petróleo em frente ao Palácio do Planalto – sede do governo federal, em Brasília.
No protesto, a entidade criticou a lentidão em resolver a crise ambiental devido à presença das manchas de petróleo no litoral nordestino. Um grupo de cerca de 15 pessoas que participavam do protesto foi detido pela Polícia Militar. Os ativistas foram liberados pela polícia no início da tarde.
Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro – que está no Japão, criticou a ausência das organizações não governamentais na retirada do petróleo. O presidente disse ser no mínimo estranho o silêncio de ONGs e da esquerda brasileira sobre o óleo nas praias do Nordeste. Para Bolsonaro, o apoio de partidos da esquerda ao presidente venezuelano Nicolás Maduro fortalece a tese de um derramamento criminoso.
O comandante da Marinha, Ilques Barbosa afirmou, nessa terça-feira, que a maior probabilidade é que o vazamento tenha ocorrido em um navio irregular, os chamados dark ships. O comandante também falou sobre as investigações em relação à origem do petróleo que está aparecendo na costa brasileira.
Para o Greenpeace, em vez de focar na resolução do problema com eficiência, o governo brasileiro tenta desviar a atenção, jogando a responsabilidade para a população e para as organizações não governamentais. De acordo com o governo federal, pelo menos três mil e 400 servidores federais e colaboradores atuam nas operações de retirada do óleo. Cinco mil homens do Exército também participam da limpeza do litoral.