Salles e governadores da Amazônia alinham prioridades para COP-25, conferência da ONU sobre o clima

Amazônia Legal

Publicado em 20/11/2019 - 21:34 Por Victor Ribeiro - Brasília

Os governadores dos nove estados da região da Amazônia Legal se reuniram nessa quarta-feira com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O objetivo foi alinhar o discurso com as iniciativas para preservar a Floresta Amazônica que serão apresentadas na COP-25, a Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, que vai ocorrer em dezembro na Espanha.


Salles destacou os quatro pontos principais.


“A regularização fundiária, o zoneamento econômico ecológico, o pagamento de serviços ambientais e outras formas de monetização e a agenda da bioeconomia são consenso nosso aqui. Nossa reunião hoje alinhou a posição do Brasil em relação à COP”.


O ministro explicou que vai aproveitar a COP-25 para cobrar que os países ricos cumpram a promessa de repassar todos os anos US$ 100 bilhões para a preservação ambiental nos países emergentes.


Além disso, o governo federal informou que deve reforçar a fiscalização e o controle das atividades na Amazônia, com o envio de equipamentos e servidores públicos civis e militares. Mas ainda não há prazo para a chegada desse reforço.


O governador do Amapá, Waldez Góes, explicou que os estados devem criar mecanismos conjuntos de atuação para evitar a divulgação de informações desencontradas. Sobre as queimadas que chamaram atenção de diversos líderes mundiais este ano, Góes avaliou que o Brasil perdeu credibilidade na comunidade internacional e precisa recuperar a confiança.


“A gente tem uma imagem a ser reconstruída, não adianta fazer vista grossa para isso. Eu fui no sínodo da Amazônia, depois fomos para a Alemanha. O ministro também foi na Alemanha, ele sabe o que encontrou em termos de posicionamento. Então tem uma imagem a ser reconstruída. Muito menos por um processo histórico, e muito mais, às vezes, por uma situação ocasional”.


O encontro não chegou a discutir o Fundo Amazônia, criado em 2008 e que acumula cerca de R$ 2 bilhões. Parte dos recursos para as operações de fiscalização e controle na região sairão do Fundo da Petrobras para a Amazônia.


Por isso, logo após a reunião com o ministro do Meio Ambiente, os governadores foram ao Supremo Tribunal Federal pedir que o ministro Alexandre de Moraes defina como será a divisão de recursos do Fundo da Petrobras. A partilha deve ser feita entre os estados e os ministérios da Defesa, do Meio Ambiente e da Agricultura.

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