As cidades de Cuiabá e Várzea Grande, em Mato Grosso, amanheceram nesta quinta-feira (13) tomadas pela fumaça. O cenário cinza e hostil é resultado das queimadas, próximas a centros urbanos, e dos incêndios que assolam o Pantanal, no município de Poconé.
Desde o dia 7 de agosto, 101 homens atuam na região para combater o fogo, dentro da operação Pantanal 2. Bombeiros militares de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, militares da Força Aérea Brasileira e da Marinha e funcionários do Sesc Pantanal se arriscam para extinguir as labaredas.
Os primeiros focos de incêndio foram registrados em 21 de julho, em Poconé, onde já foram atingidos 108 mil hectares de mata, segundo dados preliminares. Outros 77 mil hectares de mata foram queimados no município de Barão de Melgaço.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso, na terça-feira (11) as equipes conseguiram conter um incêndio que avançava em sentido Leste, dentro da Reserva Particular de Patrimônio natural Sesc Pantanal. Com a construção de uma linha de 14 km de defesa, os brigadistas pouparam 23 mil hectares da reserva, evitando que o fogo chegasse ao Hotel do Sesc Pantanal.
Estão atuando no combate ao fogo 38 bombeiros militares de Mato Grosso e 12 de Mato Grosso do Sul. Do Governo Federal, atuam oito militares da Força Aérea Brasileira e 23 da Marinha. O Sesc Pantanal também disponibilizou 20 funcionários, sendo quatro em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso.
Nesta semana, o governo federal anunciou que deu início à contratação de mais 3.326 brigadistas pelo Ibama e pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).