A vazão das Cataratas do Iguaçu, no Paraná, está um quinto do considerado normal para o período. Na região da Ponte da Amizade, entre as cidades de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, no Paraguai, o nível do Rio Paraná está 8,5 metros abaixo da média dos últimos cinco anos. Os dados são da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), publicados nesta semana.
De acordo com a companhia, neste ano, a estiagem é ainda mais preocupante para a região sudoeste do estado e algumas cidades como Pranchita e Santo Antônio do Sudoeste já estão com rodízio no abastecimento.
Além da falta de água para a população, a estiagem também pode afetar a geração de energia. A gerente da divisão de recursos hídricos da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Mônica Irion Almeida, explica, no entanto, que não há risco de desabastecimento no estado, principalmente por causa do Sistema Interligado Nacional.
Ainda que não haja risco de falta de energia, a escassez hídrica é preocupante. De acordo com Mônica Almeida, a companhia está monitorando a situação porque há forte tendência de a seca se agravar. Há ainda a possibilidade de aumento de tarifas de energia, pois a geração nas termelétricas, por exemplo, é mais cara.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o país passa pela pior crise hidrológica desde 1930 e, nos últimos sete anos, os reservatórios das hidrelétricas receberam um volume de água inferior à média histórica.
* Matéria corrigida em 12/07/2021, às 14h16. Diferente do que foi publicado, o nível do Rio Paraná está 8,5 metros abaixo da média dos últimos cinco anos, e não o nível do Rio Iguaçu.