O melhoramento genético dos animais e dos alimentos consumidos pelo gado brasileiro é a aposta para cumprir o acordo firmado pelo Brasil de reduzir em 30% a emissão do gás metano até 2030. O Brasil e mais 100 países assinaram esse acordo na COP26, a Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas. O metano é um dos principais gases do efeito estufa, responsável pelas mudanças climáticas e é emitido, em boa parte, pela digestão do gado.
Para o presidente da Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Celso Moretti, a modificação genética é o caminho.
Outra forma de combater a emissão do metano seria a compensação dele por meio do sistema de integração de lavoura, pecuária e floresta, como explica o presidente da Embrapa, Celso Moretti.
Os representantes do governo brasileiro têm argumentado no encontro de Glasgow, que a agropecuária brasileira está baseada em tecnologia e inovação, e que, por isso, pode produzir mais com menos emissão de carbonos. De acordo com o secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fernando Camargo, o desafio é expandir o uso dessa tecnologia para todo o setor.
A meta do governo é disseminar as tecnologias de baixa emissão de carbono para mais de 72 milhões de hectares de terras agricultáveis até 2030. Calcula-se que com essa medida pode evitar a emissão de mais de 1 bilhão de toneladas de carbono. E para levar essa tecnologia para todos os agricultores e pecuaristas, o governo aposta no ABC +, programa de crédito público que prevê recursos para quem utilizar tecnologias sustentáveis no campo.
*atualizado às 8h42 do dia 9 de novembro de 2021 para substituição do áudio
