Brasil conta agora com uma ferramenta que ajuda a prever inundações

Publicado em 21/11/2022 - 19:48 Por Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional - São Paulo

 O Brasil conta agora com uma ferramenta que ajuda a prever inundações. A ferramenta, batizada de Hidroview, monitora as bacias hidrográficas e o volume de chuvas e ajuda a calcular o aumento do nível dos rios.

A promessa é fornecer informações sobre mudanças de vazão dos rios até 15 dias antes de possíveis inundações e ajudar a prevenir catástrofes como as de Petrópolis, no Rio de Janeiro.

No começo do ano, as chuvas provocaram mais de 230 mortes e deixaram centenas de pessoas desabrigadas, no que já é considerada a maior tragédia climática da história da cidade.

Márcio Moraes, pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, o Cemadem, e coordenador do projeto, explica que o Hidroview calcula dados sobre as chuvas e volume de água, calculando e prevendo cheias.

Se o monitoramento apontar para risco de grandes cheias, as salas de monitoramento do Cemadem vão acionar as defesas civis dos estados e dos municípios que podem ser atingidos.

Hoje pouco mais de mil municípios em todo o país são considerados prioritários por terem histórico de deslizamento e enchentes.

Mas, o monitoramento não fica restrito já que com as mudanças climáticas o país inteiro está mais vulnerável a situações mais frequentes de catástrofes.

Segundo os cálculos da Confederação Nacional dos Municípios, as mortes causadas por esses desastres no ano de 2022 já respondem por mais de 25% de todas as mortes registradas por esse motivo nos últimos 10 anos.

No ranking feito pelas Nações Unidas, o Brasil já é o sexto país no mundo com maior número de desastres naturais.

O Hidroview é resultado de uma cooperação internacional com a Nasa e o Cemadem e, por enquanto, a ferramenta consegue monitorar apenas os rios de médio e grande porte de todo o país. Mas a ideia é conseguir usar a ferramenta para prevenir cheias também em rios pequenos, os córregos, que são sujeitos a mudanças bruscas de vazão.

Edição: Bianca Paiva / Beatriz Arcoverde

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