Mil, duzentas e cinquenta e três espécies dos sete biomas brasileiros estão na categoria de ameaçadas de extinção. Esses são apenas alguns dos dados detalhados pela nova plataforma com informações do Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Fauna Brasileira. O lançamento da plataforma Salve foi realizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, nessa quarta-feira (2).
A plataforma classifica os riscos das espécies em: vulnerável, perigo, e criticamente em perigo. Como, por exemplo, o réptil jararaca-de-alcatrazes, o mamífero aquático boto-cachimbo e a ave soldadinho-do-araripe, todos em risco crítico.
Os animais ameaçados correspondem a mais de 8% da lista de 15 mil espécies catalogadas na plataforma. São mais de cinco mil fichas técnicas, em 150 mil páginas de conteúdo. O objetivo principal é contribuir com a redução do número de espécies ameaçadas e evitar a extinção delas.
A plataforma Salve também vai servir como ferramenta de consulta dos técnicos do Ibama para conhecer não só quais são as espécies ameaçadas em determinados estados, mas a localização mais precisa delas.
Há registros de espécies já extintas na natureza, quando os únicos animais vivos estão em cativeiro; além de outras, extintas regionalmente, como a ave gritador-do-Nordeste, de Pernambuco; e o rato-de-Noronha, do arquipélago de Fernando de Noronha. A secretária nacional de biodiversidade, do Ministério do Meio Ambiente, Rita Mesquita, lamentou esses casos.
Apesar da plataforma ser operada pelo ICMBio, a comunidade científica fica responsável por atualizar as informações sobre as espécies da fauna brasileira no banco de dados. Quem explica esse trabalho coletivo é o coordenador-geral de pesquisa e monitoramento da biodiversidade do ICMBio, Marcelo Marcelino.
A plataforma Salve também mostra que a conservação trouxe resultados positivos, como a saída de 144 espécies da lista de ameaçadas de extinção. O projeto pode ser conhecido na plataforma na internet: salve.icmbio.gov.br