CNI: descarbonizar indústria brasileira pode custar R$ 40 bi até 2050

Publicado em 04/12/2023 - 21:38 Por Oussama El Ghaouri - Repórter da Rádio Nacional - Brasília

Quarenta bilhões de reais são necessários para descarbonizar a indústria brasileira até 2050 e ajudar a combater o aquecimento global. A estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (4) pela Confederação Nacional da Indústria na COP 28, a Conferência Mundial do Clima.

O estudo da CNI chegou aos R$ 40 bilhões, mas destacou que o custo para uma economia de baixo carbono pode ser ainda maior. Isso porque nem todo investimento indireto para aumentar a oferta de energia renovável foi considerado, como em portos e estradas. Apesar disso, era preciso ter uma estimativa na mão até para dar os próximos passos na transição.

Foi o que explicou Davi Bomtempo, gerente-executivo de Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A CNI também afirma que a maior parte dos setores pode reduzir as emissões de gases do efeito estufa a médio e longo prazos. Os destaques são para o cimento e da siderurgia que podem evitar a emissão de 500 milhões de toneladas de gás carbônico até 2050.

O estudo também lista medidas para descarbonizar a indústria e ajudar a combater o aquecimento global e as mudanças climáticas. Entre elas, o uso de caldeiras a gás natural na indústria química e do alumínio e a recuperação de calor no caso do cimento e do aço.

Pelo Acordo de Paris, assinado em 2015, o Brasil deve reduzir as emissões em 48% até 2025 e em 53% até 2030. Isso para ajudar, junto com outros 194 países, a limitar o aquecimento global em 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais.

Para a CNI, sem uma política de preço para a emissão de carbono, o Brasil conseguiria atingir as suas metas. Só que com uma política de taxação crescente sobre o carbono, o Brasil atingiria as metas e garantiria ainda saldo zero de emissão em 2050.

E com um mercado de créditos e débitos de carbono haveria ainda crescimento do PIB, da riqueza do país, em 2030 e 2050.

A regulação do mercado de carbono aqui no país está em análise no Congresso Nacional.

Edição: Bianca Paiva / Pedro Lacerda

Últimas notícias
Meio Ambiente

Chuva em SP contribui para extinção de 8 dos 11 focos de incêndio

Equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros permanecem trabalhando na contenção das chamas em três municípios: Bananal, no Vale do Paraíba; Mococa, na região de Campinas; e Itirapuã, região de Franca.

Baixar arquivo
Meio Ambiente

Inpe registra mais de 2 mil focos de incêndios ativos no país

Pará lidera com 1.012 áreas de queimadas; seguido do Mato Grosso, com 420; e o Tocantins, com 279 focos. O Distrito Federal tem o registro de 20 locais com incêndio.

Baixar arquivo
Meio Ambiente

Ministérios Públicos e órgãos ambientais vão combater queimadas

A operação usa o trabalho de inteligência e tecnologia para tentar coibir e punir o desmatamento ilegal. 

Baixar arquivo
Economia

FGV: Monitor do Produto Interno Bruto aponta retração de 0,1% em julho

Em termos financeiros, estima-se que o PIB de 2024 acumulado até julho, em valores correntes, tenha sido de R$ 6,587 trilhões.

Baixar arquivo
Geral

Campanha busca conscientizar a paz no trânsito

Órgãos de trânsito vão promover ações educativas e de reforço da fiscalização. Serão realizadas palestras e seminários com o objetivo de reforçar o tema da campanha: “A paz no trânsito começa com você”.

Baixar arquivo
Meio Ambiente

Distrito Federal pode ter o 2º ano mais seco da história

Neste ano, já são 146 dias sem chuva. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, em 1963, Brasília enfrentou uma estiagem que durou com 163 dias.

Baixar arquivo